Autor: webiton

Formação modular certificada – catálogo nacional de qualificações

Com estes projetos formativos, a APEE  visa contribuir para a promoção da sustentabilidade e da qualidade do emprego e reforçar a mobilidade laboral de profissionais de diversas áreas de qualificação, designadamente de empregados/as que, através do aumento das suas competências e qualificações mediante a participação nestas ações de formação, poderão aceder a melhores perspetivas de empregabilidade ou de reinserção no mercado de trabalho. 

A formação tecnológica, realizada em unidades de formação de curta duração (UFCD) com a duração de 25 ou de 50 horas, dependendo dos seus conteúdos, está integrada nos perfis profissionais publicados no Catálogo Nacional de Qualificações e permite alcançar uma certificação profissional, na medida em que o/a formando/a vai capitalizando as unidades concluídas com aproveitamento, que ficam registadas no seu Passaporte Qualifica. 

Aceda aqui às Fichas de Projeto:

Informe-se connosco sobre as qualificações profissionais disponíveis e condições de candidatura e de frequência!

Formação de Públicos Estratégicos

APEE oferece aos seus Associados e não associados um conjunto de ações co-financiadas por fundos nacionais e comunitários, em áreas de intervenção muito específicas, associando-se a entidades reguladoras estratégicas, como é o caso da oferta disponibilizada entre 2020 e 2022, com a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG). Estas ações de Formação de Públicos estratégicos são de participação gratuita e conferem certificação inserida no Sistema Nacional de Certificação Profissional (SNCP).

Não perca estas oportunidades:

  • Formação de Públicos Estratégicos para obtenção da Especialização em Igualdade de Género – 58h   

Destinatários: Dirigentes, Técnicos/as, Quadros médios e superiores, Chefias de topo, Profissionais da área da comunicação, Profissionais de Recursos Humanos, Gestores/as, Pessoal representativo e Associações representativas dos/as trabalhadores/as, Associações representativas dos empregadores, Formadores/as e Consultores/as, de organizações públicas e privadas.

  • Formação de Formadores/as para obtenção da Especialização em Igualdade de Género – 72h

Destinatários: Formadores/as, com CCP (Certificado de Competências Pedagógicas), interessados/as na obtenção de especialização em Igualdade de Género.

Aceda aqui às Fichas de Projeto:

Aceda aqui às Publicações das Adjudicações:

 

Contate-nos para mais informações!

CT 165 apresenta nova proposta de trabalho no âmbito da normalização nacional

A APEE, na sua qualidade de organismo normalizador setorial, está a preparar a produção de uma nova norma de requisitos no âmbito da CT 165 – Ética nas Organizações.

Encontre aqui mais detalhes sobre este novo projeto e informe-se sobre as vantagens de que pode beneficiar a sua organização, ao participar no trabalho de normalização nacional:

Bem estar e felicidade organizacional

O bem-estar geral e a felicidade no local de trabalho são condições incontornáveis de sucesso para as organizações. A investigação demonstra que indivíduos felizes tendem a ter uma melhor saúde física e psicológica e vivem mais tempo, com melhor desempenho, podem lidar melhor com eventos stressantes, têm relações de trabalho mais positivas e estão mais satisfeitos com os seus empregos, o que se traduz na redução de custos em cuidados de saúde e em ganhos por melhoria do desempenho e aumento de produtividade e sustentabilidade das empresas. Estas condições resultam da interação de um conjunto complexo de variáveis, presentes nos mais diversos ambientes que envolvem a vivência da pessoa e são derivados das respostas que esta produz em face das exigências dessa envolvente – o trabalho, os colegas, a liderança, a família, a vida pessoal, etc, pelo que implicam uma abordagem mais flexível e ampla das questões de segurança e saúde no trabalho, em que não basta prevenir a doença diretamente relacionada com o trabalho e ambiente em que este é exercido e os riscos físicos, mentais e sociais que lhe estão associados, mas também equacionar os estilos de vida podem potenciar ou despoletar esses riscos e interferem significativamente com o desempenho individual, considerando a generalidade de fatores que direta ou indiretamente interferem com as pessoas, dentro e fora do contexto de trabalho.

O bem-estar e a felicidade no local de trabalho são condições altamente lucrativas para as organizações e estão ao alcance de todas, independentemente da sua dimensão ou área de negócio; contudo devem ser abordadas pelas lideranças e demais responsáveis com a preparação adequada. As ações de formação que a academia APEE concebeu, neste âmbito, visam dar uma resposta qualificada e especializada a esta necessidade.

 Participe!

Assédio no local de trabalho: caracterização, prevenção e combate

Opinião de Mário Parra da Silva, Presidente da APEE, em “101 vozes pela sustentabilidade” uma declaração de interdependência

Porque precisamos de nos preocupar com os desafios colocados pelas megatendências ligadas à sustentabilidade? 

De forma geral a economia portuguesa é pobremente posicionada nas cadeias de valor globais, envolvida no fornecimento de componentes, mas não controlando o produto final, ou a sua conceção, design, financiamento e marketing. Assim o “input” para as indústrias nacionais é a solicitação do Cliente em produtos em curso de desenvolvimento. Raramente o empresário português é envolvido na inovação e na conceção dos produtos do futuro. Isso refletiu-se na forma como entre nós foi recebido o movimento da Responsabilidade Social, entre 2000 e 2010. A geral indiferença das PMEs foi acompanhada de aproveitamento da “moda” por departamentos de comunicação, que viram uma ótima oportunidade de mensagens apelativas com baixo custo real.
Mas não era uma moda, tratava-se sim do primeiro sintoma de que algo estava mal no modelo de desenvolvimento, que tinha criado empresas alheias à Sociedade exceto no aproveitamento da capacidade e desejos de consumo, criando cada vez maiores problemas na vida quotidiana das pessoas e maior pressão sobre os recursos naturais.
A palavra “responsabilidade” caía mal numa cultura popular que havia sido orientada para os “direitos” como suporte à ânsia de consumir. Enganado pelas palavras, o cidadão médio achava que tinha “direito à saúde” quando o que tinha era direito aos cuidados de saúde, sendo a sua saúde em última análise sua própria responsabilidade. Consagrou-se o “direito ao trabalho”, mas não a responsabilidade pela aquisição de competências e a responsabilidade pelo bom exercício do seu ofício. E assim por diante.
O modelo de desenvolvimento assentava (assenta?) no caminho linear produção- consumo-destruição, em que o cidadão é substituído pelo consumidor, entidade essencialmente passiva e egoísta, constantemente motivado para gastar o que ganha hoje e endividar-se gastando o que vai ganhar amanhã.
Como logo nos anos 70 avisou o Clube de Roma e o seu grupo de investigadores do MIT, este ciclo podia ser observado matematicamente e prever-se o seu fim, por esgotamento em recursos naturais e crescimento de impactes ambientais.
Apesar de saudado e amplamente citado, o estudo “Limites do Crescimento” permaneceu uma curiosidade académica e uma bandeira para pequenos grupos de ecologistas, classificados de pessimistas que não haviam sido capazes de incorporar nas suas previsões o efeito de ações corretivas como a reciclagem, de novas descobertas como os recursos petrolíferos, ou do efeito da mineração dos oceanos, que quando combinadas atirariam o tal “limite” para um futuro longínquo.
Nem o Relatório Brundtland no fim dos anos 80 abalou essa (conveniente) convicção de que se tratava de exagero de ecologistas, muitas vezes politicamente suspeitos de serem antissistema e movidos por inveja dos mais ricos e poderosos.
Neste contexto, a responsabilidade social surgia como um folclore que importava não contrariar abertamente, mas que deveria ser empurrado para os assuntos sem importância de maior nos negócios.
Quanto ao dito “desenvolvimento sustentável” foi tratado como séria ameaça, por ser uma forma disfarçada de aumento de impostos. O que se pretendia era fazer as empresas pagar por externalidades da atividade económica que cabia ao Estado resolver. O maior contributo das Empresas para a sua responsabilidade e para a sustentabilidade do desenvolvimento seria pagar os seus impostos e contribuir para a riqueza da sociedade, com postos de trabalho e compra aos fornecedores. Friedman dixit. O problema devia ser visto como “tornar sustentável o atual modelo de desenvolvimento” e não imaginar um outro modelo diferente.
Em 2006 Carlos Zorrinho, então Ministro, anunciava para a Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável três metas transversais: colocar Portugal em 2015 num patamar de desenvolvimento próximo da média europeia, entre os primeiros 15 países do Índice de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e entre os primeiros 25 mais competitivos do mundo.
Era mais um Plano, entre muitos, desde o Plano Energético ao Tecnológico.
Mas o ambiente geral de negócios era adverso e a crise de 2008 deitou por terra o que restava.

Apesar das hesitações, a empresa portuguesa não podia ignorar o que se passava em mercados mais avançados, porque os clientes falavam cada vez mais em requisitos, tanto para produtos como para as empresas em si. Os relatórios são cada vez mais exigidos, as evidências requeridas em áreas como a ética, o tratamento de efluentes, as fontes de energia e controle de consumos, as relações laborais e envolvente social, o próprio modelo de governação, mesmo em PMEs.

Em 2015, quando foi proclamada a Agenda 2030 das Nações Unidas, as grandes tendências da sustentabilidade ficaram identificadas. Antes de mais, dar a todos uma vida digna – sem pobreza, nem fome, com acesso a cuidados de saúde e bem-estar, com acesso à educação e à realização profissional, sem discriminação, de género e outras.
Criar um novo paradigma de desenvolvimento que aproxime Países e Comunidades, em vez de aprofundar o fosso entre ricos e pobres.
Cuidar da Vida, na Terra e nos Oceanos, a par do combate às Alterações Climáticas induzidas pela atividade humana na produção e consumo de energia, na atividade industrial, nos transportes e na extração mineira.
Criar Instituições fortes, democráticas, justas e respeitadas, que possam garantir a Paz e a Cooperação.
É uma Agenda Global, para todos os Estados e para todos os Seres Humanos, aprovada na Assembleia Geral das Nações Unidas. Como outras resoluções anteriores correu o risco de ser um nado-morto, ignorada e desprezada como uma mera declaração de boas intenções, sem relação com o mundo real.
Mas a necessidade impôs-se (Al Gore deu um forte impulso) e tal não aconteceu, pelo contrário, a sua aceitação foi geral, em Organizações e Países. Pela primeira vez a Humanidade teve um Guia global, geralmente aceite e seguido. A Utopia faz-se realidade.
Para a economia portuguesa é uma oportunidade de reconhecer as necessidades globais e de procurar respostas, de desenvolver novas soluções, de oferecer valor aos seus Clientes indo ao encontro do que eles procuram, na certeza de que todos estão a procurar responder às novas tendências dos (agora) Cidadãos-Consumidores ou consumidores mais conscientes.
Não é “business as usual”, mas verdadeira mudança.

Que passa também pela Pessoa que trabalha. Neste novo modelo, os conceitos que antes não faziam parte do mundo do trabalho adquirem centralidade. O bem-estar (e não apenas a ausência de acidentes), a felicidade pessoal (e não o desdém pelos problemas particulares), a conciliação com as dimensões familiar e pessoal da vida, a atração e retenção de talentos, o sentido de propósito e a realização no exercício profissional. A organização que integra as Pessoas em vez de simplesmente as usar.
Os produtos na totalidade do seu ciclo de vida e não apenas no período do seu uso primário. De onde vêm e que lhes vai suceder após o uso? Como “circularizar” a matéria-prima? Como substituir artefactos materiais por experiências? Como fornecer soluções ou serviços em vez de produtos?
Como adaptar a atividade à redução do consumo de energia? E como tratar a água como o recurso precioso e escasso que de facto é? E que novos materiais e novos processos poderemos adotar para responder a estes desafios? Que novos alimentos poderemos desenvolver e oferecer? Como os embalar em segurança? E que novas atividades e profissões poderão ser criadas ou reinventadas, que novas artesanias, que futuras atividades sociais, culturais, lúdicas, poderão dar trabalho e emprego? Que novas formas de relação entre as pessoas poderão ser usadas para responder a necessidades sociais de serviços públicos, de acompanhamento, de cuidado?
Como usar a tecnologia para saber melhor o que fazer, quando e como? E como aproveitar a tecnologia e as comunicações para ensinar melhor, para mostrar os caminhos da aprendizagem, para tornar ricos em experiências os primeiros anos da vida, os mais intensos em capacidade de apreender?
Nesta nova configuração o Estado terá de ser profundamente reformado, com uma nova conceção de Serviço Publico, e não de incentivo à proliferação de pequenos poderes. Não será possível numa sociedade de baixo consumo energético e de “leveza” (uma das propostas de Italo Calvino nas célebres Lições Americanas), ter um Estado tipo Indústria 2.0, pesado e grosso, burocrático e irresponsável, dirigido por poderes e não servidores – afinal o sentido original da palavra “ministro”. Só assim o pesadíssimo custo que as Empresas suportam, poderá ter a contrapartida de suporte que é suposto o Estado proporcionar. Ou o Estado reduz a carga que impõe à economia ou presta serviços com eficiência e eficácia.

As Instituições económicas terão de se abrir aos que transportam e desenvolvem os conhecimentos de hoje e do futuro e não continuarem a homenagear e dar palco a ilustres, mas ultrapassados, saberes do anterior modelo de desenvolvimento, que, compreensivelmente, desvalorizam tudo o que não sabem.
Não é uma questão de idade, mas de aprendizagem contínua. Está extinto o modelo que dividia a vida em três períodos – no primeiro aprendia-se, no segundo trabalhava-se e no terceiro descansava-se. Hoje a aprendizagem terá de ser continua, o trabalho deve ser gratificante e gerar bem-estar, os períodos de repouso são ao longo da vida, a atividade produtiva ou mesmo profissional estende-se para
lá da suposta “idade de reforma”.
As Organizações em geral e as Empresas em particular, deverão analisar com frontalidade os seus modelos de negócio (por exemplo usando o ciclo de Deming) e introduzir a reflexão sistemática sobre o que fazem e porque o fazem, tendo em mente a sua sobrevivência a médio e longo prazo. Será essencial aumentar e mesmo universalizar a fluência em língua inglesa, pelo menos escrita, de modo a viabilizar a aquisição de novos conhecimentos. As Organizações e as Empresas, em particular, deverão valorizar os Jovens e abrir-se à sua influência inovadora, aceitando e aprendendo a conviver com estilos de vida e formas de trabalho mais flexíveis e mais interativos com meios tecnológicos. As diferenças salariais, por muito que isso custe a alguns, devem ser dependentes do conhecimento valioso para a
Organização e não da antiguidade.
Portugal fez uma revolução pioneira em 1974, logo seguida pela Espanha e Grécia e saudada em todo o Mundo. 48 anos depois exige-se uma reflexão sobre o envelhecimento das instituições e a falta de resposta que nos leva à incapacidade de concorrer com outros Estados da União Europeia.
O desafio do Desenvolvimento Sustentável é uma oportunidade de rever os nossos modelos de governo
e funcionamento económico. Poderá não haver outra.

Como é que a sua organização / setor / contexto tem enfrentado os desafios colocados por essas
megatendências?

A APEE – Associação Portuguesa de Ética Empresarial, trabalha na difusão e adoção da Ética nos negócios (Business Ethics) e da Responsabilidade Social, através principalmente das Normas ISO e Nacionais, enquanto Organismo Normalizador Setorial, reconhecido pelo IPQ. Assegura a participação portuguesa nos Organismos da ISO e da UE ligados à ISO 26000, às Compras Sustentáveis, Economia Circular, Finanças Sustentáveis, Relatórios ESG e Igualdade de Género. A nível nacional também coordena Comissões Técnicas nas áreas da Conciliação, Bem Estar e Felicidade Organizacional. Atua em todas as áreas conexas com a Ética nas Organizações, auxiliando na criação de cultura organizacional, assente em valores e no combate à corrupção e suborno.
A APEE tem exercido uma ação catalisadora nos domínios do conhecimento, do envolvimento em programas de ação, do estímulo à inovação e da representação de interesses, sendo uma das principais referências nacionais na Sustentabilidade.


O que é a sua organização / setor / contexto tem feito em concreto, em termos de produtos e serviços, para dar resposta a esses desafios?

A APEE realizou, nos 20 anos que leva de existência, centenas de sessões de divulgação, sensibilização, informação e discussão sobre os temas da Sustentabilidade assente em Valores Éticos.
Organiza desde 2006, sem interrupção, a Semana da Responsabilidades Social, publicou Normas Portuguesas, transpôs Normas Internacionais, publicou inúmeros artigos de opinião, realizou milhares de horas de formação, enfim, procurou impulsionar o Desenvolvimento Sustentável, convicta de que é condição de competitividade e modernidade da economia portuguesa, além de ser um imperativo global.
Na cooperação com múltiplas instituições de Ensino Superior, e envolvendo-se em cursos, pós-graduações, mestrados, seminários e publicações, a APEE contribuiu para a formação dos Jovens nestes temas tão marcantes para o seu futuro. Na cooperação internacional a APEE destacou-se no apoio a Angola e à criação da Associação Angolana de Ética e Sustentabilidade, com o objetivo de
nesse País concretizar a representação do UNGC e a colaboração com a ISO, através do IANORQ.


Em termos pessoais, como vê o futuro do nosso planeta, quais as principais ameaças e quais as
grandes oportunidades?

O Modelo de desenvolvimento dos últimos 70 anos foi bem-sucedido em muitas áreas, nomeadamente da Saúde Publica e do desenvolvimento das regiões antes sujeitas a regimes coloniais, hoje países em rápido crescimento. Mas desconhecia os impactes ambientais que gerava e o aquecimento global provocado quer pelos GEE, quer por outras causas. A escassez de recursos foi gerida, mas as alterações climáticas impuseram-se, como verdade, embora inconveniente.

Nada que o engenho humano não consiga resolver, nada que as futuras gerações não possam encarar com sucesso. A par dos enormes desafios que enfrentamos, está também a enorme evolução tecnológica que nos deu instrumentos antes inexistentes.
A questão está na vontade política.
Mas até neste terreno permito-me ser otimista, já que, para além dos inevitáveis egoísmos nacionais, as organizações multilaterais têm produzido uma mensagem consistentemente positiva. Multiplicam-se as iniciativas de cooperação humana, em que vários Países e Regiões se concertam para encontrar respostas e implementar soluções.
A opinião publica, para lá de algum folclore mediático, está ganha pelo menos na Europa, e tem mostrado cada vez mais disponibilidade para suportar as opções pelo Desenvolvimento Sustentável e as limitações que daí decorram. Um novo Estilo de Vida está a criar condições para um novo Modelo de Desenvolvimento.
Na observação do Tempo Jornalístico vê-se desordem, confusão, conflitos, corrupção e crimes. Mas no Tempo Histórico vê-se cooperação, convergência, mudança de paradigmas, progresso, direitos humanos, reconciliação com a natureza, má imagem dos que persistem em negar as evidências.
As Nações Unidas ganharam uma centralidade nova, bem como as suas iniciativas multilaterais. Estão em construção as instituições que irão coordenar um Planeta unificado, que irão dar estrutura ao mundo global e que irão representar a Humanidade no seu todo. A parábola da borboleta que agita as asas e provoca um tornado a 10.000 km de distância mostra-nos a realidade do futuro – estamos “interdependentes”, e a pandemia está a deixar isso ainda mais evidente. Ou todos estão protegidos ou ninguém estará a salvo.
Há muito que fazer.

APEE coorganiza side event oficial da UN Ocean Conference

No âmbito da UN OCEAN CONFERENCE a Associação Portuguesa de Ética Empresarial, a Fundação Calouste Gulbenkian e o Instituto Português do Mar e da Atmosfera – IPMA coorganizam o evento Blue economy and decarbonization to meet the climate crisis: an international agenda.

 Este side-event oficial da UN Ocean Conference contará com um painel internacional composto por membros dos governos português e norte-americano e de instituições internacionais como o Woods Hole Oceanographic Institution e a UN Global Compact Ocean Coalition, membros da academia e de organismos nacionais como a Associação Portuguesa de Ética EmpresarialIPMA e Fundação Calouste Gulbenkian.

No dia 30 de junho às 16h, junte-se a nós na Altice Arena e faça parte do debate em torno da importância das relações de cooperação transatlântica para o desenvolvimento de uma Blue Economy – e para o desenvolvimento de um ecossistema de inovação para a bio economia que promova a Descarbonização e o Crescimento Sustentável.

Local: ALTICE Arena, side event room 1

16.ª edição – “Planeta ∙ Pessoas ∙ Propósito”

Mais uma edição que decorreu em formato online, através da Plataforma HOPIN. Entre 21 e 25 de junho de 2021 a SRS centrou-se em três eixos estratégicos: o Planeta, que permite e acolhe a vida das Pessoas, que o habitam e cuidam através de um Propósito, que as move e orienta. De uma forma crescente, estes temas: a conservação dos ecossistemas, o bem-estar das populações e o propósito das organizações, alinhados com um modelo de desenvolvimento sustentável, assumem uma importância sinérgica, promotora de uma sociedade mais justa, próspera e equilibrada.

SRS 2021 | Planeta, Pessoas, Propósito – Universidade de Coimbra

Pessoas: o principal ativo e motor do desenvolvimento da universidade de coimbra

Num ano que continuará a ser marcado pelos desafios de uma pandemia à escala global, a Semana da Responsabilidade Social 2021, promovida pela APEE e pela GCNP, e a decorrer entre os dias 21 e 25 de junho, centra atenções em três eixos estratégicos “Planeta ▪ Pessoas ▪ Propósito”. O Planeta, que permite e acolhe a vida das Pessoas, que o habitam e cuidam através de um Propósito, que as move e orienta.
De uma forma crescente, estes temas – a conservação dos ecossistemas, o bem-estar das populações e o propósito das organizações -, alinhados com um modelo de desenvolvimento sustentável, assumem uma importância sinérgica, promotora de uma sociedade mais justa, próspera e equilibrada.
A Universidade de Coimbra associa-se, uma vez mais à Semana da Responsabilidade Social, coorganizando, em 2021, uma conferência sobre “Governação das Organizações e Integridade: Pessoas, Tecnologias e a Dimensão Global”.
Em entrevista, Amílcar Falcão, Reitor da Universidade de Coimbra, afirma que “a Universidade reconhece as pessoas como o seu principal ativo e motor do desenvolvimento”, reforçando que “são as pessoas (estudantes, professores, funcionários, etc) que idealizam e desenvolvem projetos (científicos e não científicos), sendo também elas as protagonistas na sua implementação e dinamização”.
Para Amílcar Falcão, “é urgente reforçar a consciência e a ação cívica, avaliar impactos e responder às necessidades do presente, sem comprometer o futuro”.

APEE/GCNP: Num mundo em constante evolução, como é que se conjuga a relevância histórica de uma instituição como a Universidade de Coimbra (UC) com a aposta na tecnologia, no desenvolvimento de novos projetos e, no fundo, no futuro mais sustentável? Considera que esta aliança entre o passado e o futuro é um dos principais fatores de diferenciação da UC?

AF: A Universidade de Coimbra (UC) celebra este ano 731 anos. É um número que apela à memória da instituição e simultaneamente ao que queremos para o seu futuro. É um número só alcançável por instituições que ao longo da sua existência se souberam posicionar de forma consistente à frente do seu tempo e sempre com os olhos postos no futuro, continuando com o mesmo espírito de antecipação em relação às tendências para as próximas décadas. A UC soube e continuará a saber adaptar-se não só às necessidades emergentes, mas também antecipar as necessidades futuras.

APEE/GCNP: A Universidade de Coimbra tem tido uma preocupação crescente em estar junto do tecido empresarial. De que forma é que a Universidade de Coimbra, através do UC Business, pretende ser um parceiro central do tecido empresarial? Existem nesta relação de transferência de conhecimento e de tecnologia preocupações relacionadas com a sustentabilidade?

AF: O UC Business é o resultado de 25 anos de desenvolvimento do primeiro gabinete de transferência de tecnologia do país no Ensino Superior. Inclui uma equipa que fomenta o espírito critico e empreendedor dos jovens, promovendo a vigilância tecnológica ativa, e apoiando, sobretudo, a valorização da tecnologia desenvolvida pelos cientistas da UC.
Pela primeira vez temos uma equipa de gestores de inovação dedicados à prospeção de mercado, auscultando as empresas e identificando as suas necessidades que podem ser satisfeitas com a ciência produzida pela UC.
Fazem ainda parte deste grupo gestores de Plataformas Tecnológicas e de Serviços, Prestações de Serviços Especializados e de Associações Privadas Sem Fins Lucrativos.

APEE/GCNP: Na terceira edição do Times Higher Education Impact Rankings, a Universidade de Coimbra é a melhor instituição de ensino superior no cumprimento do ODS 2 – Erradicar a fome, ocupando o 3.º lugar, e a única universidade portuguesa com presença no TOP 20 mundial no mesmo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável. O que é que esta distinção representa para a UC?

AF: Esta distinção representa o esforço realizado nos últimos anos pela comunidade académica. A Universidade reconhece as pessoas como o seu principal ativo e motor do desenvolvimento. São as pessoas (estudantes, professores, funcionários, etc.) que idealizam e desenvolvem projetos (científicos e não científicos), sendo também elas as protagonistas na sua implementação e dinamização. É por isso um resultado que deve orgulhar todos!

APEE/GCNP: Numa publicação recentemente apresentada, a UC reforça o seu compromisso com os ODS sob o mote “Contribuir para um mundo diferente, fazendo a diferença”, apresentando o seu contributo para todos os ODS. O que motiva a UC a ir para além do ODS 4 – Educação de Qualidade, estendendo a sua ação a todos os outros Objetivos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável?

AF: Para salvaguardamos a Humanidade, deve imperar a nossa capacidade de pensar em quem ainda nem sequer nasceu e que, por isso mesmo, ainda nem voz tem para criticar a forma como governamos atualmente o mundo. É nossa obrigação, no fundo, garantir que as decisões hoje tomadas não irão comprometer a vida dos nossos descendentes no amanhã. Foi nesse sentido que a UC lançou este ano a sua página dedicada ao Desenvolvimento Sustentável onde agrega todas as informações e projetos relacionados com a Agenda 2030 das Nações Unidas. Percebemos que já o fazíamos ainda que de forma não organizada e, portanto, foi uma oportunidade que surgiu aquando da realização do primeiro relatório de Sustentabilidade da UC.

Seria redutor pensar que só poderíamos contribuir para o ODS 4, começando desde logo pela missão de formar os líderes que amanhã trabalharão nas mais diversas áreas. Em segundo lugar porque também a UC, enquanto instituição deve repensar a sua estratégia e gestão de forma a dar resposta aos diferentes desafios.

APEE/GCNP: A Semana da Responsabilidade Social 2021 vai realizar-se em torno de três eixos: Planeta, Pessoas e Propósito. O que motiva a Universidade de Coimbra a promover o debate sobre “Governação das Organizações e Integridade: Pessoas, Tecnologias e a Dimensão Global”?

AF: No ano passado a SRS levou-nos a refletir sobre a “Agenda 2030 nas Instituições de Ensino Superior: Educação, Investigação e Inovação”, numa sessão que envolveu diversos agentes da sociedade. Este ano o desafio levou-nos para a “Governação das Organizações e Integridade: Pessoas, Tecnologias e a Dimensão Global” fruto do reconhecimento nacional e internacional do Curso de Doutoramento em Governação, Conhecimento e Inovação ministrado pela FEUC. Participam nesta sessão o Professor Doutor Tiago Santos Pereira, Co-cordenador do Doutoramento em Governação, o Professor Doutor Bernardo Fazendeiro, Professor Auxiliar Convidado de Relações Internacionais da Faculdade de Economia da UC e a Doutora Mónica Lopes, Investigadora do Centro de Estudos Sociais, Coordenadora Nacional do Projeto Europeu SUPERA “Promoção de Igualdade na Investigação e Academia”.

APEE/GCNP: Qual é o Propósito da UC e de que modo é que a aposta no desenvolvimento Sustentável contribui para a concretização do mesmo?

AF: A UC assumiu, no seu Plano Estratégico para 2019-2023, a visão: “Ser internacionalmente reconhecida como uma universidade de investigação, em que a produção de conhecimento de elevada qualidade influencie o processo educativo e aumente a partilha de conhecimento com a sociedade, dando resposta aos problemas que são de todos/as e de cada um/a e contribuindo sem reservas para o desenvolvimento sustentável.”.
Esta é a visão que temos e que queremos desenvolver nos próximos anos. É para isso urgente reforçar a consciência e a ação cívica, avaliar impactos e responder às necessidades do presente, sem comprometer o futuro!

15.ª edição – “A Década da Sustentabilidade”

O mote da SRS 2020 deve-se ao facto de ser o ano que se iniciou a “Década da Ação”, tal como António Guterres, Secretário-Geral da ONU, a definiu perante a comunidade internacional. No ano em que Portugal [e o mundo] foi assolado pela pandemia da COVID-19, os desafios económicos, sociais e ambientais foram ainda maiores, exigindo uma ação redobrada em prol dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Pela primeira vez decorreu em formato online, de 16 a 20 de novembro de 2020, através da Plataforma HOPIN, escolhida pelas Nações Unidas para acolher em 2020 dois dos seus grandes eventos anuais, UN Global Compact Leaders Summit e UN Global Compact Uniting Business LIVE.

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